Olá, queridos leitores do blog da Uau Uau Que Mia! Aqui é a Dra. Kethye Priscila Ortêncio, médica veterinária com especialização em Cirurgia Veterinária e uma paixão profunda pela oftalmologia veterinária. Atuo com muito carinho e dedicação há mais de 15 anos, sempre buscando oferecer o melhor para nossos amados animais de estimação. Hoje, vamos abordar um tema muito importante e comum entre nossos amigos de quatro patas: o fungo na pele do cachorro.
Fungos na pele, também conhecidos como dermatofitoses, são infecções que podem causar desconforto e irritação significativos aos nossos pets. Os sintomas frequentemente incluem perda de pelo, vermelhidão na pele, coceira e até mesmo lesões. É um problema que requer atenção especial, pois além de incomodar o animal, algumas formas de fungos podem ser transmitidas para os humanos.
Na clínica Veterinária Uau Uau Que Mia, localizada em Santo André, SP, temos uma equipe de veterinários altamente qualificados e prontos para atender e tratar eficazmente os animais de estimação com esse problema. Entendemos o quão estressante pode ser para os tutores lidar com essas situações, e estamos aqui para oferecer todo o apoio e cuidado necessário, tanto para os pets quanto para seus donos.
Veterinária em Santo André
A Uau Uau Que Mia atende toda a região metropolitana de São Paulo. Marque uma consulta para seu cachorro ou gato. Contamos com diversas especialidades, exames, cirurgias, remédios e mais.
A dermatite fúngica também é conhecida como infecção por fungos ou dermatite por Malessezia, pois é causada pelo fungo Malessezia pachydermatis.
Esta condição inflamatória da pele bastante comum é conhecida como infecção por fungos e pode ocorrer quando o fermento que normalmente vive nas orelhas, nas áreas mucocutâneas e na pele do seu animal de estimação se reproduz incontrolavelmente e superpovoa essas áreas.
O que causa infecções fúngicas na pele?
Sabemos que o fermento se desenvolve em ambientes quentes e úmidos, e infecções podem ocorrer se o sistema imunológico do seu animal estiver comprometido ou se ele estiver tomando medicamentos imunossupressores fortes. Um aumento na quantidade de oleosidade produzida na pele, ou excesso de oleosidade na pele, pode causar a doença.
Outros organismos ou fungos semelhantes a leveduras podem invadir o sistema circulatório e causar problemas nos órgãos do seu cão. Esses fungos mais graves podem incluir histoplasmose, criptococo e febre do vale, entre outros.
Felizmente, a dermatite fúngica não é contagiosa, mas pode recorrer, a menos que a doença de pele subjacente ou a alergia sejam controladas com medicamentos.
Quanto a quais raças são predispostas a infecções fúngicas, fique atento se você tiver um Cocker Spaniel, Shetland Sheepdog, Dachshund, Basset Hound, West Highland White Terrier, Silky Terrier, Maltese Terrier, Australian Terrier, Poodle ou Lhasa Apso.
Quais são os sinais e sintomas da dermatite fúngica?
Quando a malassezia inofensiva muda para uma forma patogênica, ela pode se tornar problemática e resultar em sintomas como:
- Irritação na pele
- Inflamação
- Coceira intensa
- Pele escamosa, crocante ou escamosa
- Pele espessada/de “elefante”
- Infecções de ouvido
Você pode notar esses sinais especialmente entre as almofadas das patas e as unhas do seu amigo de quatro patas, e no pescoço, dobras nasais, axilas e região anal. Verifique também a idade dele. Os sintomas secundários podem incluir secreção pegajosa, vermelhidão ou feridas na pele.
A pelagem do seu cão costuma ser um bom indicador de sua saúde geral, e isso também se aplica a casos de infecção por fungos; se sua pelagem estiver oleosa ou houver sinais de queda de cabelo ou pele com mau cheiro, ela deve consultar um veterinário.
Como é diagnosticada a dermatite fúngica em cães?
Seu veterinário pode usar qualquer uma destas técnicas para coletar uma amostra de seu cão para que sua infecção possa ser diagnosticada e tratada:
Biópsia de pele – O teste diagnóstico mais invasivo utiliza uma biópsia para obter um pequeno pedaço de pele. No entanto, isso fornece os dados de diagnóstico mais completos.
Amostra de cotonete – A pele é esfregada com um cotonete umedecido para coletar organismos de levedura. Esfregaço de impressão – Uma lâmina de microscópio é pressionada sobre a pele para coletar organismos de levedura. Preparações de fita de acetato – Um pedaço de fita transparente é aplicado na pele para coletar organismos de levedura.
Raspagem da pele – A pele é raspada com uma lâmina para que os organismos de levedura possam ser coletados.
Como é tratada a dermatite fúngica?
Existem várias opções para o tratamento de infecções fúngicas em cães, incluindo soluções orais ou tópicas. Às vezes, seu veterinário prescreverá uma combinação de ambos se o caso for grave.
Tratamento Oral
Este tipo de tratamento seria utilizado para casos persistentes, graves ou crônicos de dermatite fúngica. Infecções bacterianas da pele também podem acompanhar a doença e requerem 4 a 12 semanas de antibióticos. Os medicamentos antifúngicos sistêmicos estão frequentemente nesta categoria e podem incluir itraconazol, fluconazol e cetoconazol.
Tenha cuidado com eles porque, embora sejam altamente eficazes, esses medicamentos podem ter efeitos colaterais potenciais para o fígado do seu cão. Exames de sangue de rotina e monitoramento rigoroso são essenciais.
Tratamento tópico
Um passo essencial para o tratamento da dermatite fúngica é usar um shampoo medicamentoso contendo peróxido de benzoíla ou sulfeto de selênio. Após uma primeira sessão de limpeza “desengordurante” com o shampoo, recomenda-se tomar pelo menos 10 minutos de banho com shampoo antifúngico. Tratamentos tópicos eficazes são necessários a cada 3 a 5 dias durante 2 a 12 semanas para erradicar a infecção.
Se uma infecção for diagnosticada nas orelhas ou em apenas um ou dois pontos isolados da pele, seu cão pode precisar de uma pomada tópica para uso diário.
Medicamentos
Vamos abordar alguns dos medicamentos mais comuns utilizados no tratamento de infecções fúngicas em cachorros. É importante lembrar que o uso de qualquer medicamento deve sempre ser feito sob orientação e prescrição de um médico veterinário. A automedicação pode ser perigosa e ineficaz. Aqui estão alguns exemplos:
- Itraconazol
- Princípio Ativo: Itraconazol
- Comentário: O Itraconazol é um antifúngico de amplo espectro, frequentemente usado no tratamento de dermatofitoses. Ele atua inibindo a síntese do ergosterol, uma componente essencial da membrana celular dos fungos.
- Nomes Comerciais no Brasil: Itracon, Sporanox.
- Cetoconazol
- Princípio Ativo: Cetoconazol
- Comentário: Outro antifúngico eficaz, o Cetoconazol é utilizado tanto em formulações orais quanto tópicas (como shampoos). Ele também interfere na síntese do ergosterol.
- Nomes Comerciais no Brasil: Nizoral, Cetonax.
- Terbinafina
- Princípio Ativo: Terbinafina
- Comentário: A Terbinafina é eficaz contra uma variedade de infecções fúngicas na pele. É conhecida por sua ação fungicida, ou seja, ela mata os fungos, ao invés de apenas inibir seu crescimento.
- Nomes Comerciais no Brasil: Lamisil, Terbina.
- Griseofulvina
- Princípio Ativo: Griseofulvina
- Comentário: Este medicamento é um dos mais antigos e é usado especificamente para tratar infecções fúngicas do pelo e da pele. Funciona impedindo o crescimento e a reprodução dos fungos.
- Nomes Comerciais no Brasil: Grisovin, Fulcin.
- Fluconazol
- Princípio Ativo: Fluconazol
- Comentário: O Fluconazol é utilizado para tratar uma variedade de infecções fúngicas, sendo uma opção quando outros tratamentos não são adequados ou eficazes.
- Nomes Comerciais no Brasil: Zoltec, Fluconal.
Lembre-se, a escolha do medicamento e a dosagem correta dependem de diversos fatores, incluindo o tipo de fungo, a saúde geral do animal, e a presença de outras condições médicas. Por isso, é fundamental que o tratamento seja sempre acompanhado por um veterinário qualificado.
Qual é o prognóstico para o tratamento da dermatite fúngica?
As infecções fúngicas geralmente podem ser tratadas a longo prazo e você poderá sentir menos coceira uma semana após o início do tratamento prescrito.
Se o seu cão tiver um problema subjacente, como sistema imunológico comprometido ou alergia, a forma como essas condições podem ser tratadas e controladas determinará o resultado. Alguns cães apresentam infecções cutâneas secundárias por fungos ou bactérias, juntamente com alergias cutâneas graves – às vezes, duas a três vezes por ano.
Se for esse o caso, seu veterinário pode desenvolver um plano de tratamento personalizado para seu cão, a fim de ajudar a controlar a doença.