A epilepsia é uma condição neurológica crônica caracterizada por crises convulsivas recorrentes. Essas crises são decorrentes de uma atividade elétrica anormal no cérebro, levando a episódios de convulsões que podem variar em duração e intensidade. Eu sei que pode ser assustador para tutores de animais presenciarem uma crise convulsiva, mas a epilepsia é uma das enfermidades neurológicas mais comuns em cães e, com o tratamento adequado, muitos cães podem viver de forma plena e feliz.
Na Clínica Veterinária Uau Uau Que Mia, aqui em Santo André, oferecemos um acompanhamento especializado em neurologia para cachorro em Santo André, sempre com foco no bem-estar dos nossos pacientes e no apoio aos seus tutores.
Médica veterinária em Santo André
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Tipos de epilepsia
Existem duas principais formas de epilepsia em cães: a epilepsia idiopática e a epilepsia sintomática (ou secundária). A epilepsia idiopática é aquela que não apresenta uma causa identificável, sendo frequentemente associada a fatores genéticos.
Algumas raças, como Border Collies, Labradores e Poodles, têm maior propensão ao desenvolvimento dessa forma de epilepsia. Já a epilepsia sintomática ocorre como consequência de uma lesão cerebral ou de outras condições de saúde, como tumores, traumatismos, ou infecções.
Sintomas de uma crise epiléptica
Os sintomas de uma crise epiléptica em cães podem variar bastante, e é importante que você, como tutor, saiba identificar esses sinais. Em geral, eles incluem perda de consciência, tremores involuntários, rigidez muscular, salivação excessiva, movimentos de pedalar e, em alguns casos, perda de controle urinário ou fecal. Além das convulsões tônico-clônicas (que são as mais conhecidas), existem também crises parciais, que podem se manifestar apenas como tiques ou movimentos repetitivos de uma parte do corpo. Observar e relatar esses detalhes é fundamental para um diagnóstico preciso.
- Perda de consciência: Em muitas crises, o cão pode perder a consciência, ficando desorientado e sem responder aos estímulos.
- Tremores involuntários: São movimentos rítmicos e incontroláveis dos músculos, que podem ocorrer em todo o corpo ou em apenas uma parte.
- Rigidez muscular: Durante a crise, o cão pode apresentar rigidez em seus músculos, ficando com o corpo enrijecido por alguns segundos ou minutos.
- Salivação excessiva: A salivação excessiva, ou baba em grande quantidade, é um sinal comum durante as crises convulsivas.
- Movimentos de pedalar: O cão pode apresentar movimentos de pedalar no ar, como se estivesse correndo deitado, o que é uma característica comum das crises tônico-clônicas.
- Perda de controle urinário ou fecal: Alguns cães podem perder o controle da bexiga ou dos intestinos durante uma crise, resultando em micção ou defecação involuntária.
- Crises parciais: Podem se manifestar como tiques ou movimentos repetitivos de uma parte do corpo, como um tremor em apenas uma pata ou contrações musculares faciais.
Diagnóstico de epilepsia
O diagnóstico da epilepsia em cães começa com uma anamnese detalhada e um exame físico completo. Nós, veterinários, precisamos saber sobre a frequência, duração e características das crises. Quanto mais informações você puder fornecer, mais completo será o diagnóstico.
Além disso, exames complementares, como hemogramas, tomografias ou ressonância magnética, são necessários para descartar outras causas potenciais das convulsões, como intoxicações ou alterações metabólicas. Em alguns casos, um exame do líquido cefalorraquidiano (LCR) também pode ser indicado para investigar possíveis inflamações ou infecções no sistema nervoso.
Como é a consulta veterinária para epilepsia?
Durante a consulta, realizo um exame clínico minucioso, avaliando reflexos neurológicos e comportamentais do seu cão. Em muitos casos, oriento os tutores a manter um diário das crises, registrando a data, duração e o tipo de sintomas observados. Isso é essencial para um acompanhamento adequado, pois ajuda a definir o melhor protocolo de tratamento e permite observar a evolução do quadro ao longo do tempo.
Na Clínica Uau Uau Que Mia, buscamos sempre criar um ambiente acolhedor, tanto para o animal quanto para o tutor, de forma que todos se sintam confortáveis durante o processo.
Tratamento da epilepsia em cães
O tratamento da epilepsia em cães envolve o uso de medicamentos anticonvulsivantes, que ajudam a reduzir a frequência e a intensidade das crises. Os fármacos mais comuns são o fenobarbital e o brometo de potássio, embora outros medicamentos possam ser utilizados, dependendo do caso específico.
É importante entender que o objetivo do tratamento não é necessariamente eliminar todas as crises, mas torná-las menos frequentes e mais controláveis, garantindo assim uma boa qualidade de vida ao seu amigo. O acompanhamento regular é essencial para ajustarmos as doses e avaliarmos a resposta ao tratamento, garantindo que seu cão esteja sempre confortável e bem.
Medicamentos para epilepsia canina
Abaixo, listo e comento brevemente sobre os principais medicamentos utilizados no tratamento da epilepsia em cães:
- Fenobarbital: Este é um dos anticonvulsivantes mais utilizados e eficazes para controlar crises em cães. Ele ajuda a reduzir a frequência e a intensidade das crises, mas requer monitoramento regular dos níveis sanguíneos e da função hepática, pois pode ter efeitos colaterais, como sedação e alterações hepáticas.
- Brometo de potássio: Geralmente utilizado em combinação com o fenobarbital ou quando o fenobarbital não é suficiente, o brometo de potássio é uma opção eficaz para controle das crises. É necessário monitorar os níveis de brometo no sangue e estar atento aos possíveis efeitos colaterais, como vômitos e fraqueza muscular.
- Levetiracetam (Keppra): É um medicamento relativamente seguro, frequentemente usado em casos refratários, ou seja, quando outras medicações não têm o efeito desejado. O levetiracetam tem poucos efeitos colaterais, mas pode ser necessário administrá-lo várias vezes ao dia para manter os níveis adequados no organismo do cão.
- Zonisamida: Outra opção que pode ser utilizada no controle das crises, especialmente em casos que não respondem bem ao fenobarbital ou ao brometo de potássio. A zonisamida é bem tolerada pela maioria dos cães, mas, como qualquer medicamento, exige acompanhamento veterinário.
- Diazepam (Valium): Embora não seja usado como tratamento de manutenção, o diazepam é frequentemente utilizado em situações de emergência para interromper uma crise prolongada. É administrado de forma injetável ou retal e pode ser muito eficaz no controle imediato das convulsões.
Esses medicamentos podem ser utilizados isoladamente ou em combinação, dependendo da resposta do cão ao tratamento e dos efeitos colaterais observados. Cada paciente é único, e o tratamento deve ser individualizado, sempre com acompanhamento veterinário regular.
Qualidade de vida e cuidados no dia a dia
O suporte ao cão epilético vai além do tratamento medicamentoso. Cuidar de um cão com epilepsia envolve garantir um ambiente seguro para ele, evitando situações estressantes que possam desencadear crises e protegendo o cão durante um episódio de convulsão para evitar ferimentos. Recomendo manter uma rotina regular, com horários definidos para alimentação e passeios, oferecendo uma alimentação equilibrada e realizando visitas periódicas ao veterinário.
Aqui na clínica, estamos sempre disponíveis para orientá-lo sobre os melhores cuidados para garantir o bem-estar do seu pet.
Conclusão
A epilepsia em cães é uma condição que exige atenção e cuidados contínuos, mas, com o suporte adequado, é possível proporcionar uma vida feliz e ativa ao seu cão. Se você suspeita que seu cão possa ter epilepsia, recomendo que procure um médico veterinário especializado em neurologia para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento personalizado. Aqui na Clínica Veterinária Uau Uau Que Mia, em Santo André, estamos sempre prontos para ajudar você e seu pet a enfrentarem essa jornada com confiança e cuidado. Lembre-se: o cuidado amoroso e o suporte profissional são fundamentais para que o seu amigo de quatro patas viva da melhor maneira possível.