Além da propensão de cada raça, com o avanço da idade, os problemas cardíacos em cães e gatos tendem a aumentar. Por isso, o check-up de seis em seis meses é fundamental para a prevenção e diagnóstico precoce.
Todas as doenças podem ser controladas com medicação, retardando sua progressão e trazendo conforto para os bichinhos de estimação.
A cardiopatia mais comum em cães são as endocardioses, que atingem as válvulas do coração, a mitral e a tricúspide, com a idade avançada e predisposição racial. Esse tipo de doença afeta principalmente os cães de porte pequeno, como poodle, teckel e cavalier. Já raças como cocker, boxer e terra nova são mais propensas à cardiomiopatia dilatada, caracterizada pela dilatação do ventrículo por uma alteração do músculo cardíaco.
Em gatos, a mais comum é a cardiomiopatia hipertrófica, causada também por uma alteração do músculo cardíaco de origem mais comum a hereditariedade.
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As doenças
Uma outra doença que tem preocupado é a dirofilariose, provocada por um verme que se aloja no coração dos pets, transmitida por mosquito. A incidência é maior no litoral, mas há registros também em outras regiões.
Até 80% dos cães cardíacos são vítimas de uma degeneração da válvula mitral. Essa estrutura, que separa as câmaras do coração, se enfraquece e pode permitir que o sangue volte sem querer para os pulmões, causando um edema. Parasitas também ameaçam o peito canino.
O verme Dirofilaria immitis, transmitido pela picada de mosquitos dos gêneros Culex e Aedes, é capaz de viajar até o coração e atacá-lo. Já entre os gatos, a enfermidade mais frequente leva o nome de cardiomiopatia hipertrófica, marcada por um inchaço no músculo cardíaco.
Os sinais de doenças
Os principais sintomas das cardiopatias são intolerância aos exercícios, tosse principalmente no período noturno, cansaço fácil, apatia, prostração, desconforto em algumas posições, cianose (coloração arroxeada da língua) e desmaios em alguns casos. Além de ficar de olho nesses sinais, as pessoas devem levar o pet às visitas periódicas ao veterinário.
Quando auscultamos os pets, podemos identificar alterações no ritmo dos batimentos (arritmias) e mudanças nos sons do pulmão (crepitação). Para confirmar o diagnóstico são feitos exames como ecocardiograma, eletrocardiograma e raio X de tórax.
O tratamento varia da doença, do estagio e da sintomatologia do pet. Como cada um tem sua particularidade, às vezes, é necessário utilizar uma droga diferente para cada bichinho.
Oito dicas para prevenir e cuidar do coração dos pets
- Realizar check-ups de seis em seis meses
- Ter uma alimentação equilibrada com ração super premium
- Evitar a obesidade, que é um dos fatores de risco
- Manter a saúde oral, com cuidados e escovação frequente, porque as bactérias estão relacionadas às cardiopatias
- No caso da dirofilariose, além da prevenção com uso mensal de vermífugos, há agora uma vacina que protege os pets com uma dose anual
- Enriquecer o ambiente que os pets ficam com brinquedos que estimulem a atividade física
- Passear com frequência para caminhadas moderadas e diversão
- Conhecer a predisposição que a raça do pet apresenta
Doenças mais comuns por tipo de cachorro e raça
A cardiomiopatia dilatada atinge com frequência cães de raças grandes e gigantes, de meia-idade ou mais velhos. Nela, o coração perde a capacidade de se contrair de forma eficaz, e dilata.
Cockers spaniel sofrem mais facilmente de dilatações do músculo cardíaco, enquanto os boxers costumam portar arritmias.
E cachorros de raça pequena, sobretudo poodle, pincher e yorkshire, têm uma tendência maior em desenvolver uma degeneração na válvula cardíaca.
A tetralogia de Fallot é um exemplo de problema genético, não hereditário. As raças propensas são: buldogue inglês, schnauzer, poodle, collie, pastor de shetland e fox terrier. A tetralogia de Fallot em cães trata-se de um vaso sanguíneo que normalmente deve ser fechado após o nascimento, mas que, por diversos fatores, permanece aberto, causando problemas na circulação sanguínea. A solução é cirúrgica veterinária.