A cinomose canina é uma doença contagiosa e grave causada por um vírus que ataca os sistemas respiratório, gastrointestinal e nervoso de cachorros e cães.
O vírus também pode ser encontrado em animais selvagens, como raposas, lobos, coiotes, guaxinins, gambás, martas e furões e foi relatado em leões, tigres, leopardos e outros gatos selvagens, além de focas.
O que é a cinomose?
É transmitida pelo vírus VCC (Vírus da Cinomose Canina), pertencente a família Paramyxovirus. Ela é contraída por meio de contato com a secreção expelida pelo organismo de um cachorro contaminado. Ou seja, através da saliva, muco nasal ou dos olhos, fezes e urina. O contágio mais frequente é através de espirros.
O inverno deve ser uma estação de alerta. Pois, apesar do vírus transmissor ser pouco resistente fora do organismo do animal, pode ser um pouco mais resistentes em locais frios e secos. Apesar de ser mais frequente em filhotes, é possível que cães adultos não vacinados contraiam o vírus.
Apesar de ser muito perigosa em cães, a doença não é uma zoonose, ou seja, não é transmitida para humanos.
Como se espalha a cinomose canina?
Filhotes e cães geralmente são infectados por exposição no ar (através de espirros ou tosse) ao vírus de um cão ou animal selvagem infectado. O vírus também pode ser transmitido por alimentos e tigelas e equipamentos compartilhados. Cães infectados podem se livrar do vírus por meses, e os cães-mãe podem transmitir o vírus através da placenta para seus filhotes.
Como a cinomose canina também afeta as populações da vida selvagem, o contato entre animais selvagens e cães domésticos pode facilitar a propagação do vírus. Surtos de cinomose canina em populações de guaxinim local podem sinalizar um risco aumentado para cães de estimação na área.
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Quais cães estão em risco?
Todos os cães estão em risco, mas os filhotes com menos de quatro meses de idade e os cães que não foram vacinados contra a cinomose canina têm maior risco de adquirir a doença.
Quais são os sintomas da cinomose canina?
Inicialmente, os cães infectados desenvolvem secreção aquosa a pus dos olhos. Eles então desenvolvem febre canina, corrimento nasal, tosse, letargia, cachorro sem vontade de comer e vômito. À medida que o vírus ataca o sistema nervoso, os cães infectados desenvolvem comportamento circulante, inclinação da cabeça, espasmos musculares, convulsões com movimentos de mastigação da mandíbula e salivação (ataques de goma de mascar), convulsões e paralisia parcial ou completa. O vírus também pode causar o espessamento e endurecimento das patas, levando ao seu apelido de “doença da almofada dura”.
Na vida selvagem, a infecção por cinomose canina se assemelha à raiva.
A cinomose é frequentemente fatal, e os cães que sobrevivem geralmente apresentam danos permanentes e irreparáveis no sistema nervoso.
Como a cinomose canina é diagnosticada e tratada?
Veterinários diagnosticam cinomose canina através da aparência clínica e testes de laboratório. Não há cura para a infecção da cinomose canina. O tratamento normalmente consiste em cuidados de suporte e esforços para prevenir infecções secundárias; controlar vômitos, diarréia e sintomas neurológicos; e combater a desidratação através da administração de fluidos. Cães infectados com cinomose canina devem ser separados de outros cães para minimizar o risco de mais infecções.
Como é evitada a cinomose canina?
A vacinação é crucial na prevenção da cinomose canina.
- Uma série de vacinas é administrada aos filhotes para aumentar a probabilidade de criar imunidade quando o sistema imunológico ainda não amadureceu completamente.
- Evite lacunas no cronograma de imunização e verifique se as vacinas contra a cãibra estão atualizadas.
- Evite o contato com animais e animais selvagens infectados
- Tenha cuidado ao socializar filhotes ou cães não vacinados em parques, aulas de filhotes, aulas de obediência, creches para cães e outros locais onde os cães possam se reunir.
Como matar o vírus da cinomose no ambiente?
Para se livrar da cinomose no ambiente, é importante que nenhum bichinho contaminado esteja no local. A limpeza é um dos fatores mais importantes para o combate do vírus. Para tal, utilize um desinfetante a base de fenol, solvente lipídico ou amônio quaternário. Algumas substâncias que contém estes reagentes são: creolina, álcool e o amoníaco. Faça a limpeza em todo o ambiente algumas vezes no decorrer de dois meses com estes produtos.
Outro fator importante em relação à sobrevivência do vírus da cinomose é a temperatura do ambiente. Ou seja, quanto mais quente o local, menor o tempo de sobrevivência do vírus. Por este motivo, a incidência da doença no inverno é maior. Se a temperatura de sua casa for inferior a 25°C, o vírus terá um pouco mais de resistência. Porém, se seguir os procedimentos de limpeza, não há vírus que resista. No caso de plantas, não é necessário aplicar nenhum produto sobre elas, se houver exposição direta e constante ao sol.
Não coloque um outro animal para conviver no mesmo local que o bichinho contaminado vivia, antes de completar os 2 meses de limpeza com os produtos indicados. Além disso, é importante vacinar o novo animalzinho antes que ele entre em contato com o ambiente.